Juntos, Pitty, Martin, Luciano Malásia (percussão) e Loco Sosa
(programações) criaram um show memorável e poetico. Utilizando imagens especificas para cada
música que são exibidas no telão posto ao centro do palco.
O show transcorreu com um vibe intimista e com muita cantoria do público
presente na casa lotada. A canção O Porto ficou uma viagem ao vivo, com
efeitos e clima espacial que evoca trips ao centro do universo do rock
progressivo. Passando por todo o repertório conhecido, a dupla apresentou
as canções com confiança, e é perceptível a evolução de Pitty como cantora, em uma
noite onde um dos dos grandes destaques foi a versão de Beethoven Blues e a melancólica
“Epílogos”, com Pitty cantando
versos como “Primeiro os aniversários / As festas, balões coloridos(…)Depois os
funerais/ As camas de hospitais” em um megafone, enquanto o telão projetava
imagens de flores crescendo e desabrochando, acompanhada em uníssono por toda
a plateia.
Cantando em inglês ( B Day), em francês (como na autoral Ne Parle Pas
e no simpático cover de La Javanaise, de Serge Gainsbourg) ou mesmo em
português (como na também autoral 130 Anos), Pitty
surpreende positivamente como cantora e atesta evolução como compositora ao se
aventurar por terrenos mais melódicos.
A propósito, as belas
baladas Dançando (uma das melhores músicas
do disco e de 2011) e Romeu (outro destaque do
CD produzido por Rafael Ramos) são a prova cabal da inspiração de Pitty e
Martin. A personalidade e a sensibilidade da dupla fazem com que até
um cover do repertório do The Smiths - Please, Please, Let me Get What I Want , se ajustam
bem ao universo reflexivo do Agridoce
Enquanto Pitty canta Rainy (Pitty e Martin) ao piano, o público vê imagens
da letra da canção na tela. Tal efeito ajuda a dar
charme à transposição para a cena do som íntimo e pessoal do Agridoce. O
pop folk da dupla chegau ao palco do Beco 203 com bom gosto e com cheiro de muito futuro!
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